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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cultura Africana e Indígena

Durante o ano de 2011, as escolas da Rede Municipal de Ipatinga, trabalharam o tema Cultura Indígena e Africana.
Os trabalhos foram apresentados na Mostra Cultural 2011, no dia 26 de novembro.
Eu e minhas colegas, Solange e Mônica, professoras de Matemática, trabalhamos a Cultura Africana da Tribo Ndebele na Escola Municipal Padre Cícero de Castro.
Os trabalhos foram realizados pelas turmas de sexto e oitavo anos (311-A e 413-B). Os alunos utilizaram  muita cor nos trabalhos elaborados, sendo que a cor forte é uma característica marcante da Tribo Ndebele.


A Tribo Ndebele.

Uma lenda africana diz que "o homem chegou na Terra escorregando pelo pescoço da girafa, vindo do céu"...
Na África do Sul, muitas famílias inteiras trabalham com artesanato, conhecimento da Arte Raku passado através de gerações.
O povo Ndebele, de Botswana, é muito conhecido por fazer girafas de cerâmica com belíssimas figuras geométricas.
Raku é uma antiga técnica japonesa. As peças são feitas em argila e seguem o processo: secar, queimar, esmaltar e enfornar.
O craquelado é uma das características desta queima. As rachaduras escurecem pelo efeito da fumaça e realçam claramente as pequenas fraturas na camada superficial do esmalte. As partes não esmaltadas ficam com a tonalidade escura.
O Ndebele é um povo, cuja característica principal dessa tribo, que ainda preserva sua língua e cultura, é o artesanato, e são chamados de “povo artista” por fazerem colares e ornamentos coloridíssimos de miçangas. As mulheres usam argolas pesadas no pescoço, pernas e braços (depois que casam) para não fugirem de seus maridos e não olharem para os lados. Estão sempre com um cobertor amarrado nas costas.

As pinturas das casas deste povo guerreiro, os utensílios e adornos que as mulheres usam, com o seu significado religioso, místico, talvez até mágico, foram os elementos formais e práticos usado para criação de uma expressão artística.
Expressam a si mesmos através das cores gráficas e dos desenhos geométricos, as suas casas são coloridíssimas, sejam redondas (parecendo ocas) ou quadradas, sempre com teto de palha.
Já os homens são circuncisados e eles acreditam que, antes da circuncisão, o garoto não está unido com sua alma. Consequentemente, ele ainda não é realmente humano.

Além das casas com essa característica única, outra coisa que essa tribo tem de especial é a arte na fabricação de colares e ornamentos de miçangas. As mulheres lembram as "mulheres girafa" da Tailândia, pois usam colares em forma de aro no pescoço, bem como nas pernas e braços, e andam com cobertores coloridíssimos amarrados nas costas.
A tribo Ndebele é uma das menores da África do Sul. Mas intensa o suficiente para revelar uma das manifestações artísticas de maior destaque de todo o continente. Já circula pelo mundo a técnica ancestral de pintar os muros das residências – à mão livre – com linhas e ângulos geométricos coloridos. Obra de Esther Mahlangu, artista de 75 anos, pioneira em colocar as cores e formas Ndebele em telas. Quando ela tinha 55, 20 anos atrás, foi a primeira mulher de sua tribo a cruzar o oceano.
A técnica Ndebele é importantíssima para o mundo reconhecer de vez que, na África, existe arte de qualidade e complexidade
Os ocidentais ainda tratam a arte africana sob o ponto de vista antropológico e etnológico, e sempre querem encontrar uma função utilitária para ela, resumindo-a a estatuetas e máscaras.
A arte das mulheres Ndebele questiona essa visão, já que são óbvias as preocupações estéticas dessas artistas. Além disso, a arte está exposta em murais e não possui qualquer função utilitarista.



Os trabalhos da Escola Municipal Padre
Cícero de Castro.



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tempo de Esperas

"Sem amigos não podemos ir muito longe.
Há momentos em que nossas águas não são suficientes para irmos adiante. Precisamos de outras mais caudalosas. É ai que nos tornamos mais simples, menos complicados.
No momento em que careço, sou mais verdadeiro. Deixo cair as armas, desamarro as fardas, porque todo soldado, por mais corajoso que seja ou possa parecer, sempre terá o direito de chorar e de dizer que sente medo."


Livro 'Tempo de Esperas' - Fábio de Melo