A toalha é simplesmente maravilhosa, fiquei encantada, pois nunca tinha visto o bordado em crivo, só ouvi falar, algumas poucas vezes, entre as minhas tias quando contam causos dos bordados feitos antigamente.
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Minha toalha, linda! Amei! |
E quem fez essa dinvidade?
Não podia ser de fora da família, é claro.
Foi minha prima Dôra, que é irmã de minha madrinha que também faz vários trabalhos lindos, mas em tricô.
Assim dá para ver como a minha família é prendada, todas fazem trabalhos manuais e cada uma um ponto diferente, mas todos lindos!
Minha tia Eunice já relatou no blog dela
Bordados e bolinhos os trabalhos manuais de nossa família. Trabalhos lindos que estão sendo transmitidos de geração em geração.
Bom, como não conhecia o crivo, fiz uma pesquisa rápida na internet sobre o mesmo, e vejam o que eu encontrei:
"As pioneiras investigações foram no sentido de produzir bordados com linha branca sobre fundos claros e em tecidos leves e transparentes, como tule e musselina. Em seguida, criaram a técnica de cortar certos espaços vazios do tecido entre os motivos bordados, vazando-se áreas estratégicas ao redor deste. Os italianos batizaram essa invenção de punto tagliato, os franceses de point coupé, ou seja, ponto cortado.
Estava, nesse momento, dado o primeiro passo à criação da renda, e nascia também o que tempos depois ficou conhecido como a técnica para a produção do richelieu.
Após o ponto cortado, as experimentações dos artesãos continuaram e criaram o que foi chamado pelos italianos de fili tirani, e pelos franceses de fils tires, ou fios puxados. Esse processo consistia em retirar do tecido alguns fios, conservando apenas os necessários para estruturar e interligar os pontos e os motivos bordados. Esta técnica específica do desfio deu origem a um tipo especial de renda, conhecida no Brasil como crivo ou labirinto.
A esse bordado cortado e agora feito sobre tecidos propositalmente desfiados, os artesãos acrescentaram pequenas barras serrilhadas ao seu redor, para dar-lhe acabamento lateral e mais sustentação. Sem o fundo de tecido e com a barra ao redor o bordado já poderia ser considerado, praticamente, uma peça de renda.
Para estes novos pontos foram criados inúmeros desenhos de padrões para serem produzidos em diferentes modelos. Estes padrões popularizaram-se através dos livros de padrões, desenvolvidos e editados na Itália durante todo o século XVI."
Fonte: NÓBREGA, 2005, op. cit.
Esses trabalhos abaixo retirei na internet, são inspiradores!